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Palocci pede a Moro que libere R$ 79 mil de sua empresa para pagar funcionários

Advogados de ex-ministro preso na Operação Omertà alegam que dinheiro confiscado por ordem do juiz da Lava Jato é destinado a pagamento de impostos, salários e vale transporte

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Por Mateus Coutinho e Julia Affonso
Atualização:

Antonio Palocci. Foto: Werther Santana/Estadão

A defesa do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) - preso na Operação Omertà por suspeita de recebimento de R$ 128 milhões em propinas da empreiteira Odebrecht - pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize o desbloqueio de R$ 79,3 mil da conta de sua empresa, a Projeto Consultoria Empresarial e Financeiraa.

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PALOCCI PEDE

Os advogados de Palocci alegam que o dinheiro confiscado por ordem de Moro é destinado ao pagamento de despesas como impostos, salários e vale transporte para os funcionários.

Omertà, 35.ª fase da Operação Lava Jato, foi deflagrada no dia 26 de setembro. Nesse dia, Palocci foi preso em regime temporário por cinco dias. Na sexta, 30, Moro converteu em preventiva a prisão do ex-ministro, sob suspeita de agir no interesse da Odebrecht em troca de recursos para o PT e para si próprio - o que é negado com veemência pelos defensores.

Quando autorizou Omertà, o juiz Moro ordenou o bloqueio de R$ 128 milhões de Palocci e de outros alvos da investigação. O sequestro alcançou a Projeto Consultoria - R$ 30 milhões foram congelados da conta da empresa de Palocci, sediada em São Paulo.

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Em sua decisão, o juiz destacou que a constrição recairia apenas sobre o saldo do dia constantes da conta corrente e/ou aplicações financeiras, "não impedindo, portanto, continuidade das atividades das empresas ou entidades'.

"Ocorre que a continuidade das atividades da empresa de propriedade (de Palocci) depende do pagamento de diversas despesas operacionais, as quais seguem discriminadas em anexo, e que atingem o montante de R$ 79.358,42", anotam os advogados de defesa.

Eles pedem 'urgência' a Moro e sua autorização para o levantamento dos valores 'necessários à sobrevivência da pessoa jurídica'.

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