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Palocci contrata advogado para delação

Ex-ministro dos Governos Lula e Dilma, preso desde setembro na Operação Omertà, fecha acordo com Adriano Bretas, de Curitiba, que já atuou na defesa de outros alvos da Lava Jato que decidiram romper o silêncio para escapar da prisão; a informação foi revelada pelo site O Antagonista

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Por Redação
Atualização:

Antonio Palocci. Foto: Reprodução

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil-Governos Lula e Dilma) decidiu contratar o escritório de advocacia Adriano Bretas, de Curitiba, para negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. A informação foi revelada nesta quarta-feira, 26, pelo site O Antagonista.

Preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà - desdobramento da Lava Jato -, Palocci vinha sendo defendido pelo criminalista José Roberto Batochio.

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Veterano da advocacia, Batochio é conhecido por sua rígida posição contrária à delação premiada. Não há delatores entre seus clientes.

Acuado, na iminência de ser condenado pelo juiz federal Sérgio Moro em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro parece mesmo disposto a fazer delação.

Na semana passada, interrogado pelo juiz da Lava Jato, Palocci já acenou para essa possibilidade - ele disse que tem revelações a fazer, inclusive nomes, que podem levar a Lava Jato a trabalhar por ao menos mais um ano.

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No processo em que é réu, Palocci é apontado como o personagem 'Italiano', que consta da planilha de propinas da empreiteira Odebrecht. Os investigadores suspeitam que ele recebeu R$ 128 milhões da construtora e repassou parte da fortuna ao PT.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA JOSÉ ROBERTO BATOCHIO

"Até o presente momento o advogado de José Roberto Batochio não foi comunicado de qualquer decisão do ex-ministro Antonio Palocci no sentido de celebrar acordo de delação premiada e nem da contratação de advogado para esse fim específico, uma vez que o escritório que defende o ex-ministro não aceita causas com demissão premiada."

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