Em uma postagem em seu perfil oficial no Facebook, o bispo Marcos Klein divulgou uma foto sua ao lado do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) em um voo comercial. Apesar de aparecer sorrindo na foto ao lado do parlamentar, o religioso divulgou uma mensagem de ameaça na legenda da foto na rede social:
'Acho que ele pensou que meu sorriso era pela foto conseguida... Mas eu só queria colocar minhas mãos sobre ele pra profetizar 'ou se converte, ou morre. O Brasil é de Jesus!!!'" , diz o religioso que, diante da grande repercussão da mensagem acabou deletando a postagem de seu perfil no Facebook.
A reportagem entrou em contato com a Comunidade Bíblica da Graça, mas o bispo responsável, Eduardo Machado, estava em reunião.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO JEAN WYLLYS:
"O deputado Jean Wyllys está em missão oficial em Londres, cumprindo uma extensa agenda de palestras e encontros, a convite do Kings College London, instituição de ensino superior do Reino Unido e considerada uma das mais prestigiadas e importantes do mundo. Sempre que o deputado está na rua, no aeroporto, num restaurante ou em qualquer lugar público, pessoas se aproximam para parabenizá-lo pelo seu trabalho e pedem para tirar uma foto. O deputado é sempre solícito, porque 99% das vezes são pessoas honestas e que realmente gostam dele e querem ter uma lembrança do encontro.
Nesse caso, o bispo enganou o deputado para tirar uma foto, e fez esse post com uma ameaça de morte. É algo chocante, mas mostra o nível de ódio, ressentimento e desonestidade dessas pessoas que são um exemplo claro do fundamentalismo religioso que tanto denunciamos. Os verdadeiros cristãos não pensam assim como esse bispo, que fez uma ameaça postando o próprio rosto e agora vamos entregar o print à Polícia Federal. Nossa assessoria jurídica está tomando as devidas providências legais. Não podemos banalizar o discurso de ódio. Vejam a quantidade de assassinatos de pessoas LGBT que houve no último mês. É uma situação muito grave, e esses fundamentalistas religiosos que pregam o ódio contra a comunidade LGBT também são responsáveis por esses crimes."