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Os quadros e relógios do ex-líder do PT na Câmara Cândido Vaccarezza

Lava Jato apreendeu na casa de ex-deputado federal obras de arte e itens de luxo, em investigação que apura sua atuação em favor de empresas na Petrobrás

Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Julia Affonso
Por Luiz Vassallo , Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:
 

Ao revistar a casa do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza em São Paulo, quando foi preso no dia 18 de agosto alvo da 44ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal recolheu relógios importados e uma pequena coleção de quadros do ex-líder do PT na Câmara, suspeito de receber propinas no esquema de corrupção e cartel na Petrobrás.

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A ordem do juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato, em Curitiba, era para prender Vaccarezza e recolher materiais em sua residência de interesse às investigações. A Operação Abate apura atuação do ex-petista para favorecer empresas em contratos com a Petrobrás, em troca de propinas. Um deles que beneficiou a norte-americana Sargent Marine na venda de asfalto para a estatal e teria rendido US$ 500 mil de corrupção para o ex-parlamentar.

Vaccarezza foi solto no dia 22 de agosto, por ordem de Moro, sob o pagamento de fiança de R$ 1,5 milhão.

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São nove quadros que foram apreendidos no apartamento de Vaccarezza, na Mooca, e fotografados pelos policiais. As imagens das telas foram anexadas às investigações da PF na semana passada. As obras permaneceram na residência do ex-deputados, após assinatura de termo de fiel depositário.

 
 
 

No dia da prisão, o delegado Filipe Hille Pace destacou a quantidade de dinheiro apreendida na residência do ex-deputado. Os autos de apreensão mostram que além de R$ 116.300,00 encontrados no escritório do ex-petista, havia R$ 1.538,45 sobre um boleto, outros R$ 1.450,00 em uma bolsa vermelha com roupas da mulher, R$ 850,00 em um bolso de um paletó do alvo e outros R$ 3.265,00 no bolso de outro paletó.

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"As provas colhidas apontam que Cândido Vaccarezza, líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados entre janeiro de 2010 e março de 2012, utilizou a influência decorrente do cargo em favor da contratação da Sargeant Marine pela Petrobras, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões", afirma o Ministério Público Federal.

 

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