Por 10 anos atuando como motorista de Carlos Roberto Cortegoso, empresário fornecedor de campanhas petistas desde 1990 e que está na mira da Polícia Federal, Jonathan Gomes Bastos forneceu seu nome para quatro empresas do ex-chefe, para quem deixou de trabalhar em 2015, e começou a se preocupar com o avanço das investigações sobre o PT e as empresas de Cortegoso no ano passado.
Na ocasião, ele foi notificado em uma ação trabalhista envolvendo uma das empresas na qual figurou como laranja e buscou a ajuda de uma advogada para tentar provar que não se envolveu com nenhum esquema ilícito, tendo sido apenas um nome usado nas empresas de seu ex-chefe.
[veja_tambem]
Com isso, no fim do ano passado os advogados de Cortegoso e de Jonathan tentaram negociar os termos do acordo que previa pagamentos mensais de R$ 6 mil por 12 anos e que nenhum dos dois poderia falar sobre o outro e manter as informações do acordo e das empresas em sigilo, sob o risco de pagar multa. Cortegoso nunca assinou o contrato oficialmente, mas fez os pagamentos na conta da advogada de Jonathan, conforme previa o documento, até maio deste ano.
Procurados, os advogados de Jonathan e de Cortegoso não quiseram comentar o caso que corre em segredo de Justiça.
OS COMPROVANTES DO PAGAMENTO DO 'CALA BOCA' AO LARANJA DE CORTEGOSO: