O Ministério Público Federal informou nesta segunda-feira, 22, que o avanço das investigações que culminaram com a deflagração da Operação Acarajé, 23.ª fase da Lava Jato, revelou 'novas provas do possível envolvimento do empresário Marcelo Bahia Odebrecht em novos crimes graves, e de que tinha controle sobre os pagamentos feitos no exterior por meio de offshores, as quais ele geria por intermédio pessoas a ele subordinadas e ligadas, direta ou indiretamente, à Odebrecht'.
Odebrecht está preso desde 19 de junho de 2015, quando foi desencadeada a etapa Erga Omnes, da Lava Jato.
[veja_tambem]
Acarajé mira em Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho e Luiz Eduardo Rocha Soares, supostos controladores de contas secretas da Odebrecht. "Suspeita-se que Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho e Luiz Eduardo Rocha Soares, os quais tiveram vínculo formal com a Odebrecht, controlam, em conjunto com outras pessoas, como Fernando Miggliaccio da Silva, a utilização das contas offshores que fizeram pagamentos ocultos no exterior por ordem do Grupo Odebrecht."
Segundo os procuradores da Acarajé, 'dentre essas contas usadas estavam as da Klienfeld e da Constructora del Sur'.
"Há indicativos de que Luiz Eduardo e Fernando Migliaccio chegaram a se evadir do País pouco tempo após as buscas e apreensões feitas sobre a empresa em 19 de junho de 2015, suspeitando-se que no caso de Fernando isso tenha acontecido por orientação superior da empresa, a qual pagou suas despesas de mudança e manutenção no exterior."
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT :
"A Odebrecht confirma operação da Polícia Federal em escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. A empresa está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento."