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Operação Domiciano combate corrupção de policiais em rodovias

Investigação aponta que suspeitos pediam propina de motoristas que transitavam de forma irregular, deixando de lavrar autos de infração e sanções administrativas

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quinta-feira, 22, a Operação Domiciano. A ação cumpre 19 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão, contra 15 policiais rodoviários federais de Unidades Operacionais de Uberlândia, Araguari e Monte Alegre, em Minas Gerais. A ação também envolve prisão de quatro empresários e comerciantes da região.

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Em nota, a CGU informou que os policiais são suspeitos de praticar atos de corrupção contra usuários da rodovia, com auxílio de comerciantes e empresários. Os acusados solicitavam propina de cidadãos que transitavam de forma irregular, deixando de lavrar autos de infração e demais sanções administrativas cabíveis.

Os empresários e comerciantes obtinham vantagens na relação com os acusados, sendo priorizados para atendimento de acidentes e ocorrências, gerando lucro.

Levantamentos iniciados pela Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal em 2016 levaram à instauração de inquérito na Polícia Federal que culminou na expedição dos mandados. A CGU participou de análise da movimentação financeira e evolução patrimonial dos acusados, relação destes com outras pessoas físicas e jurídicas, além de fornecer levantamento de indícios de ilícitos administrativos.

A força-tarefa é composta por aproximadamente 200 policiais (140 Policiais Rodoviários Federais e 60 Policiais Federais) e sete auditores da CGU, e cumpre mandados nas cidades mineiras de Uberlândia, Canápolis, Monte Alegre, Itumbiara, Araguari, Centralina e Delfinópolis. Os presos serão encaminhados à Polícia Federal em Uberlândia e indiciados pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa.

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