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Odebrecht confirma na Justiça caixa 2 em compra do terreno para Instituto Lula

Empresário condenado e delator, na Lava Jato, afirmou em depoimento a juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira, 11, que negócio de R$ 12 milhões de compra de terreno foi dentro do 'pacote fechado' com Roberto Teixeira, o compadre

Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Luiz Vassallo , Fausto Macedo e enviado especial a Curitiba
Atualização:

Confirmou, por exemplo, e-mail de 7 de julho de 2010 e conversas com o executivo do grupo Paulo Mello e Bumlai, que trataram da forma de pagamento. Pelo menos R$ 3 milhões saíram do Setor de Operações Estruturadas, o departamento da propina da Odebrecht.

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O empresário apontou que o envolvimento de Marcos Grillo, identificado nos e-mails nas tratativas, confirma que o negócio envolvia caixa-2. "Marcos Grillo era quem gerava o caixa-2."

Outro e-mail destacado de 9 de setembro de 2010, Odebrecht afirma: "Eh uma conta que HS mantem e debita a 3 fontes distintas".

Segundo os advogados do empreiteiro, o e-mail 'esclarece que "conta" se refere à "Planilha Italiano", o que corrobora a afirmação de que os valores foram debitados daquela "conta corrente", que, à época, tinha justamente 3 fontes, pelo que o colaborador pode recordar'. Uma delas era o setor de propinas. "As coisas eram conduzidas de forma meio irresponsável", disse Odebrecht Discussão. A audiência iniciou com uma discussão entre Moro e a defesa de Lula. O advogado Cristiano Martins. defensor, questionou o magistrado quando ele abria a sessão e informava que designou a oitiva adicional a pedido da defesa e foi interrompido: "A audiência não foi pedida pela defesa". Moro disse que o advogado deveria "estar de brincadeira" e disse que a petição era clara. Zanin alegou não ter tido acesso a documentos dos arquivos de comunicação secreta da Odebrecht, de sua delação, e por isso não faria questionamentos. Houve discussão e Moro seguiu a sessão. "Eu vou prosseguir a audiência."

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