O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot reagiu, nesta segunda-feira, 20, aos comentários do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, sobre investigações a respeito da mala dos R$ 500 mil da JBS entregue ao homem de confiança do presidente, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), supostamente em benefício do peemedebista por delatores da JBS.
"A pergunta que não quer calar é: o Sr. Segovia se inteirou da investigação ou ele está falando por ordem de alguém?", afirmou, em sua conta no Twitter.
Depois de se dizer lisonjeado com a presença de Michel Temer em sua cerimônia de posse, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, disse que o presidente continuará a ser investigado com a "celeridade de todos os outros inquéritos". A afirmação de Segovia sobre a continuidade das investigações se deu diante da insistência de jornalistas. Em um primeiro momento, o novo diretor-geral havia dito que as investigações contra o peemedebista já haviam sido concluídas.
Segovia criticou a Procuradoria-Geral da República que, na gestão Rodrigo Janot, denunciou uma primeira vez o presidente por corrupção passiva no caso da mala dos R$ 500 mil que a JBS pagou para o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures.
"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", declarou o novo diretor da PF.
Para Segovia, 'a Procuradoria-Geral da República é a melhor indicada para explicar possíveis erros no acordo de colaboração premiada firmado com executivos do grupo J&F, entre eles, o empresário Joesley Batista'.