O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro, empossado no cargo nesta sexta-feira, 2, disse que 'a Lava Jato continua forte'.
"As conquistas dos últimos anos são marcantes na PF e são indeléveis", disse. "Não haveria sentido adotar postura diversa. A Lava jato continua forte."
Galloro assume a chefia da corporação no lugar do delegado Fernando Segovia. O ministro da Segurança Raul Jungmann deu posse a Galloro na PF, que agora está sob o comando do recém-criado Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
Galloro destacou que a nova pasta será uma aliada no combate ao crime organizado.
Ele classificou o ex-diretor Leandro Daiello 'como amigo desde o meu primeiro dia na Polícia Federal' e lembrou que esteve com ele durante o tempo que Daiello dirigiu a corporação. "Fiz parte de toda a gestão de Leandro Daiello, estive em momentos difíceis e em momentos de conquistas", declarou.
O novo diretor-geral disse ainda que 'quem chega tem pouco a dizer, precisa apenas a ouvir e aprender' e que tentará trabalhar para que a corporação continue a fazer um bom trabalho. "O crime não é e não será mais forte que o estado brasileiro, o crime não vencerá", disse.
Galloro convidou para formar a cúpula da instituição delegados que são especialistas em combate ao crime organizado. A expectativa na corporação é de que, com o novo comando, a PF consiga ser a protagonista na atuação contra as organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e a desvios de dinheiro público dentro da nova formatação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
Delegado federal há 23 anos, Galloro é visto como de perfil técnico, com maior afinidade para cargos administrativos. Antes de ser diretor executivo na gestão de Leandro Daiello, Galloro foi superintendente em Goiás, diretor de Administração e Logística e adido policial nos Estados Unidos.
Durante a gestão de Daiello, o novo diretor-geral atuou como coordenador das forças da PF na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016. Desde 2017, quando assumiu a Secretaria Nacional de Justiça, ele também integra o Comitê Executivo da Interpol.