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Nome de deputada do PT também aparece em contabilidade de empreiteiro da Máfia do Asfalto

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Por Mateus Coutinho
Atualização:

Bete Sahão, estadual, teve seu nome mencionado ao lado do valor de R$ 149,5 mil; ela repudia a citação e diz que são 'ilações'

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por Fausto Macedo e Ricardo Chapola

O nome da deputada estadual Beth Sahão (PT) aparece ao lado do valor de R$ 149,5 mil na contabilidade secreta do empreiteiro Olívio Scamatti, apontado pelo Ministério Público como chefe da Máfia do Asfalto - organização que teria se infiltrado nas administrações de pelo menos 78 municípios da região noroeste de São Paulo para fraudar licitações com recursos de emendas parlamentares.

Beth Sahão é citada no documento junto com outros 14 parlamentares, estaduais e federais, cujos nomes também aparecem ao lado de valores e o período entre 2011 e 2013. O nome dela aparece grafado com um erro: Bete Saao.

A citação à deputada não é prova de corrupção, mas para o Ministério Público os registros na planilha do empreiteiro indicam "pagamento de propinas a alguns parlamentares".

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Uma outra planilha, com nomes de deputados, foi apreendida na residência do contador do Grupo Demop, controlado por Scamatti.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo São José do Rio Preto, não fazem nenhuma acusação formal aos deputados, mas encaminharam cópias das duas planilhas para a Procuradoria Geral de Justiça e para a Procuradoria Geral da República, instâncias que detêm competência para propor eventual abertura de investigação sobre deputados estaduais e federais.

Olívio Scamatti é apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha, grande articulador e mentor da absoluta maioria das fraudes". Ele foi preso em abril pela Operação Fratelli, missão integrada da Polícia Federal e do Ministério Público que desarticulou a organização que teria provocado rombo de R$ 1 bilhão nos cofres públicos. Na última terça feira, 5, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) acolheu habeas corpus da defesa e mandou soltar Scamatti.

Questionada pela reportagem, a deputada Bete Sahão repudiou enfaticamente o que classificou de "tentativa de associá-la ao escândalo da Máfia do Asfalto".

"Não há qualquer menção real a seu nome. Há apenas ilações e suposições feitas por pessoas maldosas que buscam esconder os próprios erros e pecados", declarou a deputada petista em nota. Beth Sahão afirmou que, em 2011, ano ao lado do qual seu nome aparece na planilha do empreiteiro, ela ainda não era deputada, mas primeira suplente do PT.

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Os parlamentares citados são de partidos diversos. O nome de Cândido Vaccarezza (PT/SP) e de uma ex-secretária, Denise, aparecem ao lado de 16 lançamentos de valores que somam R$ 355 mil. Geraldo Vinholi (PSDB), estadual, aparece ao lado de 4 supostos repasses, somando R$ 105 mil. Jéfferson Campos federal pelo PSD: R$ 97 mil.

João Antonio (atual secretário de Relações Governamentais da gestão Fernando Haddad, na Prefeitura de São Paulo, também teria sido contemplado com R$ 100 mil. Otoniel Lima (PRB) e Itamar Borges (PMDB) aparecem com assiduidade nas anotações do empreiteiro e do contador, somando, respectivamente R$ 150 mil e R$ 247 mil. Gilmaci Santos, do PRB, aparece ao lado de quantias que totalizaram R$ 120 mil. Todos negam ter recebido propinas do Grupo Demop.

 

 

Bete Sahão, estadual, teve seu nome mencionado ao lado do valor de R$ 149,5 mil; ela repudia a citação e diz que são 'ilações'

por Fausto Macedo e Ricardo Chapola

O nome da deputada estadual Beth Sahão (PT) aparece ao lado do valor de R$ 149,5 mil na contabilidade secreta do empreiteiro Olívio Scamatti, apontado pelo Ministério Público como chefe da Máfia do Asfalto - organização que teria se infiltrado nas administrações de pelo menos 78 municípios da região noroeste de São Paulo para fraudar licitações com recursos de emendas parlamentares.

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Beth Sahão é citada no documento junto com outros 14 parlamentares, estaduais e federais, cujos nomes também aparecem ao lado de valores e o período entre 2011 e 2013. O nome dela aparece grafado com um erro: Bete Saao.

A citação à deputada não é prova de corrupção, mas para o Ministério Público os registros na planilha do empreiteiro indicam "pagamento de propinas a alguns parlamentares".

Uma outra planilha, com nomes de deputados, foi apreendida na residência do contador do Grupo Demop, controlado por Scamatti.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo São José do Rio Preto, não fazem nenhuma acusação formal aos deputados, mas encaminharam cópias das duas planilhas para a Procuradoria Geral de Justiça e para a Procuradoria Geral da República, instâncias que detêm competência para propor eventual abertura de investigação sobre deputados estaduais e federais.

Olívio Scamatti é apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha, grande articulador e mentor da absoluta maioria das fraudes". Ele foi preso em abril pela Operação Fratelli, missão integrada da Polícia Federal e do Ministério Público que desarticulou a organização que teria provocado rombo de R$ 1 bilhão nos cofres públicos. Na última terça feira, 5, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) acolheu habeas corpus da defesa e mandou soltar Scamatti.

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Questionada pela reportagem, a deputada Bete Sahão repudiou enfaticamente o que classificou de "tentativa de associá-la ao escândalo da Máfia do Asfalto".

"Não há qualquer menção real a seu nome. Há apenas ilações e suposições feitas por pessoas maldosas que buscam esconder os próprios erros e pecados", declarou a deputada petista em nota. Beth Sahão afirmou que, em 2011, ano ao lado do qual seu nome aparece na planilha do empreiteiro, ela ainda não era deputada, mas primeira suplente do PT.

Os parlamentares citados são de partidos diversos. O nome de Cândido Vaccarezza (PT/SP) e de uma ex-secretária, Denise, aparecem ao lado de 16 lançamentos de valores que somam R$ 355 mil. Geraldo Vinholi (PSDB), estadual, aparece ao lado de 4 supostos repasses, somando R$ 105 mil. Jéfferson Campos federal pelo PSD: R$ 97 mil.

João Antonio (atual secretário de Relações Governamentais da gestão Fernando Haddad, na Prefeitura de São Paulo, também teria sido contemplado com R$ 100 mil. Otoniel Lima (PRB) e Itamar Borges (PMDB) aparecem com assiduidade nas anotações do empreiteiro e do contador, somando, respectivamente R$ 150 mil e R$ 247 mil. Gilmaci Santos, do PRB, aparece ao lado de quantias que totalizaram R$ 120 mil. Todos negam ter recebido propinas do Grupo Demop.

 

 

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