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'Não temos nada a temer', diz defesa de Dilma sobre delações da Odebrecht

Advogados da ex-presidente afirma que a posição dela tem sido de colaboração com a Justiça Eleitoral

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Por Mateus Coutinho , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Dilma Rousseff. Foto: Wilton Júnior/Estadão

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no TSE divulgou nota nesta tarde afirmando que não tem "nada a temer" a respeito da decisão do TSE de ouvir três delatores da Odebrecht, inclusive Marcelo Odebrecht, na Ação de Impugnação Judicial Eleitoral que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014.

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" Não temos nada a temer, porque temos o compromisso com a verdade", diz a nota assinada pelo advogado Flacio Caetano, que defende a petista. "A posição da defesa da presidenta tem sido a de colaboração com a Justiça Eleitoral. Foi assim, por exemplo, quando demonstramos, por documentos, que o empresário Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, havia mentido em seu depoimento ao TSE", segue a nota.

A manifestação ocorre após o ministro Herman Benjamin, relator da ação na Corte Eleitoral marcar para o próximo dia 1 de março a audiência para ouvir três delatores da Odebrecht sobre a campanha de 2014. Com isso, será a primeira vez que executivos da empreiteira que fecharam acordos de colaboração, homologados em janeiro pelo Supremo Tribunal Federal, vão depor à Justiça e revelarem o que sabem sobre as irregularidades nas eleições de 2014.

"A decisão proferida pelo ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, não causa qualquer surpresa. Todos aqueles que fizeram delação premiada, já foram ouvidos no processo", segue a nota de Flávio Caetano afirmando ainda que é do interesse da defesa da petista, e da própria Justiça Eleitoral "que a verdade seja trazida nos autos, demonstrando a lisura do processo eleitoral".

 A ÍNTEGRA DA NOTA DA DEFESA DE DILMA NO TSE:

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"Em relação à decisão do TSE de colher os depoimentos dos empresários Marcelo Odebrecht, Cláudio Mello e Alexandrino Ramos, na ação eleitoral que busca a cassação da chapa Dilma/Temer, não vemos problemas na iniciativa. Não temos nada a temer, porque temos o compromisso com a verdade.

A decisão proferida pelo ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, não causa qualquer surpresa. Todos aqueles que fizeram delação premiada, já foram ouvidos no processo.

É do interesse tanto da defesa de Dilma Rousseff, quanto da Justiça Eleitoral, que a verdade seja trazida aos autos, demonstrando a lisura do processo eleitoral.

A posição da defesa da presidenta tem sido a de colaboração com a Justiça Eleitoral. Foi assim, por exemplo, quando demonstramos, por documentos, que o empresário Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, havia mentido em seu depoimento ao TSE." Flávio Caetano Advogado de Dilma Rousseff

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