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Não deveríamos aguardar para ver

A reforma da Previdência caminha a passos largos e sem qualquer resistência digna dos que deveriam nos representar. A barganha com liberação de verbas para feudos eleitorais está aberta para com isto minimizar os efeitos negativos dos votos dos representantes do povo junto aos seus eleitores.

Por Fátima Bonilha
Atualização:

Ainda o que mais me causa espécie e repúdio a esta reforma que se apresenta é a situação do cônjuge sobrevivente que poderá receber no máximo, somando o próprio benefício e a pensão por morte, dois salários mínimos.

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Poderá ainda optar pelo mais vantajoso declinando do outro se a soma ultrapassar os dois salários mínimos.

Não somos um país que cuidamos dos idosos e doentes com um mínimo de dignidade. Temos por hábito não nos preocuparmos com o futuro e acredito que poucos estão atentos ao limite de idade e tempo de contribuição necessária para uma aposentadoria integral, e menos ainda, estão atentos à soma da pensão e benefício próprio.

Teremos uma frente de desamparados, sem auxílio do estado e com parcos ganhos. Mais uma vez os prejudicados e abandonados serão os que lutaram por toda uma vida, acreditando que poderiam ter um pouco de tranquilidade. Não!!! Vais viver na miséria e dependência da ajuda de terceiros. Se tiver terceiros.

Eu sou da opinião que deve ser respeitado o teto limite do INSS para pagamento de pensão + benefício ao cônjuge sobrevivente.

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Ou seja, a soma de pensão Mais benefício até o teto limite do INSS.

Ainda que não me pareça o correto, acho que chega perto de um valor digno para se sobreviver no fim da vida, onde os gastos aumentam devido a toda uma dificuldade inerente aos idosos.

No mais, ainda não estou convencida que esta reforma mexerá com as grandes e injustas aposentadorias. Não deveríamos aguardar para ver.

*Fátima Bonilha, advogada do Esposito Gomes & Bonilha Advogados

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