O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, rejeitou pedido da defesa de Lula e não permitiu a juntada de 'milhares de documentos' da Petrobrás nos autos do processo criminal sobre o terreno que a empreiteira Odebrecht comprou para supostamente abrigar uma futura sede do Instituto Lula.
Documento
ESTRATÉGIANesta ação são oito os réus, entre eles Lula, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antônio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), e Glaucos da Costa Marques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai.
CASO TRIPLEX: + Procuradoria diz a Moro que vai apelar por pena maior a Lula
+ Pelos critérios de Lula, ex-diretores da Petrobrás devem ser absolvidos, diz Moro
+ Juiz da Lava Jato compara Lula a Eduardo Cunha
+ Moro diz 9 vezes a Lula que 'não há omissão, obscuridade ou contradição' na sentença
Em longa petição, a defesa do ex-presidente insistiu no acesso à documentação integral 'desses contratos bilionários e dos procedimentos de licitação e, subsidiariamente, indica centenas ou milhares de documentos que pretende ter acesso'.
" A ver deste Juízo, persiste a defesa na requisição de centenas ou mesmo milhares de documentos irrelevantes para o julgamento", assinalou Moro na decisão em que rechaça a pretensão dos advogados do petista.
Em seu despacho, o juiz da Lava Jato manda um duro recado aos defensores do ex-presidente. "Ao invés de discutir as questões de fato relevantes no feito, (a defesa) busca ou provocar incidentes de cerceamento de defesa ou a produção de provas desnecessárias."
Moro destacou que 'não se vislumbra relevância e pertinência na juntada aos autos de mais centenas ou milhares de documentos sobre os contratos da Petrobrás mencionados na inicial, quando os presentes nos autos já são suficientes para a avaliação dos fatos, considerando os termos da imputação."