O juiz federal Sérgio Moro revogou o mandado de prisão contra Bernardo Schiller Freiburghaus - apontado como operador de propinas da Odebrecht -, a pedido do Ministério Público Federal. Freiburghaus estava com prisão decretada, por tempo indeterminado, desde 23 de março de 2015 e tinha seu nome na difusão vermelha da Interpol - a lista dos mais procurados.
Documento
'RECOLHA-SE O MANDADO'"Recolha-se o mandado de prisão preventiva expedido", ordenou o juiz. "Solicite-se à autoridade policial que retire da difusão vermelha da Interpol a ordem de prisão de Bernardo Schiller Freiburghaus decretada por este Juízo."
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Segundo os investigadores, Freiburghaus está foragido na Suíça.
A Operação Lava Jato aponta que o operador teria intermediado o pagamento de propinas da Odebrecht para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da operação.
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Segundo os investigadores, Freiburghaus teria ainda 'realizado dezenas de operações de lavagem de dinheiro' para o ex-dirigente e também para o ex-gerente da estatal Pedro Barusco - também delator da Lava Jato.
"Consta do feito que Bernardo Freiburghaus deixou o Brasil de forma definitiva na data de 15 de junho de 2014 e que atualmente reside na Suíça", relatou Moro.
Bernardo Schiller Freiburghaus foi denunciado pela Lava Jato, e o processo remetido à Suíça.
"A revogação da preventiva é medida que se impõe para ultimar a transferência de jurisdições", afirmou Moro.
"Conquanto à luz do ordenamento jurídico brasileiro estejam ainda presentes os requisitos e fundamentos que ensejaram a decretação da prisão cautelar do acusado, o fato é que, com a transferência de jurisdição, falece propriamente jurisdição deste Juízo para a análise da questão, que passa a ser da alçada da Justiça Suíça. Revogo, assim, a prisão preventiva decretada em desfavor de Bernardo Schiller Freiburghaus."