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Moro manda João Santana, Mônica Moura e Gim Argello para presídio estadual

Juiz da Lava Jato acata pedido da Polícia Federal para liberar espaço na carceragem da corporação em Curitiba, sede da operação

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Por Mateus Coutinho , Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

O juiz federal Sérgio Moro conduz os processos da Lava Jato / Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4

O juiz Sérgio Moro determinou nesta segunda-feira, 2, que o casal de marqueteiros das campanhas de Dilma e Lula, João Santana e Mônica Moura, o empresário do ABC, Ronan Maria Pinto e o ex-senador Gim Argello sejam transferidos da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, presídio estadual do Paraná. No caso de Mônica Moura, ela será encaminhada a um presídio feminino.

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A decisão atende a uma solicitação da Polícia Federal para liberar o espaço limitado da carceragem da corporação em Curitiba a eventuais novos presos detidos em flagrante. "De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", assinala o juiz em sua decisão.

Na solicitação encaminhada mais cedo, o delegado da PF Igor Romário de Paula afirmou que permanecem na Custódia da Polícia Federal 'somente os réus colaboradores e aqueles que estão em processo de tomada de depoimentos'.

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Na semana passada, o juiz da Lava Jato aceitou as duas denúncias contra João Santana e Mônica Moura, acusados de receberem no Brasil e no exterior propina da Odebrecht relativa a contratos da Petrobrás e da Sete Brasil e também do 'setor de propinas' da empreiteira, que não tinha relação com a estatal petrolífera.

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Já Ronan Maria Pinto é investigado por suspeita de ter recebido parte do empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões ao PT feito pelo banco Schahin em 2004 para evitar revelar detalhes sobre a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

O ex-senador Gim Argello, preso em abril, é investigado por suspeita de extorquir a UTC Engenharia e a OAS. Ele teria recebido ao menos R$ 5,3 milhões para evitar a convocação de empreiteiros investigados na Lava Jato para depor perante Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso e no Senado em 2014. Tanto Ronan quanto Argello ainda estão sob investigação e deverão ser denunciados criminalmente pelo Ministério Público Federal.

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