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Moro dá três dias para defesa de Vaccari substituir Delcídio

Senador preso por ordem do Supremo Tribunal Federal iria depor nesta quinta como testemunha de defesa de tesoureiro do PT

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Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

Vaccari foi preso nesta terça-feira. Foto: Geraldo Bubniak/AGB

O juiz federal Sérgio Moro deu prazo de três dias para a defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto indicar outro nome em substituição ao senador Delcídio do Amaral (PT/MS). O líder do Governo no Senado iria depor nesta quinta-feira, 26, como testemunha de Vaccari, mas foi preso na quarta, 25, por envolvimento em uma trama para barrar a Lava Jato.

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O ex-tesoureiro é réu em ação penal por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa - no mesmo processo há outros acusados, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) e Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás (Serviços).

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Vaccari já foi condenado em um primeiro processo da Lava Jato. Em setembro, ele pegou 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Duque recebeu pena maior, 20 anos e oito meses de prisão pelos mesmos delitos atribuídos ao ex-tesoureiro.

No segundo processo, a defesa de Vaccari arrolou vários políticos como testemunhas. Um deles é Delcício do Amaral, cujo depoimento estava marcado para esta quinta. "O senador iria falar sobre aspectos da vida pessoal do Vaccari, da família dele, sua conduta", disse o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, defensor do ex-tesoureiro.

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D'Urso anota que Delcídio iria abordar, ainda, outra questão. "Ele (Delcídio) falaria do trabalho do Vaccari na arrecadação de recursos para o PT e para as campanhas eleitorais, a lisura do procedimento do Vaccari."

Com a prisão inesperada do senador, Vaccari agora tem que arrumar outro nome.

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