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Ministro da Justiça nomeia filho de ex-sócio para área estratégica

Alexandre de Moraes colocou Gustavo Marrone na Secretaria Nacional de Justiça, que aloja os acordos de cooperação jurídica internacional

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Por Mateus Coutinho e Julia Affonso
Atualização:

Alexandre Moraes, ministro da Justiça. Foto: Hélvio Romero/Estadão

O ministro da Justiça Alexandre de Moraes nomeou para a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) o filho de seu ex-sócio no escritório de advocacia que mantinha em São Paulo antes de assumir a Secretaria de Segurança do governo Alckmin, em janeiro de 2016. Gustavo José Marrone de Sampaio toma posse na próxima segunda-feira, 6.

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Há mais de 14 anos atuando próximo a Moraes, segundo divulgado pelo próprio Ministério da Justiça, Marrone terá dentre as suas responsabilidades como secretário nacional de Justiça que coordenar a negociação de acordos de cooperação jurídica internacional em meio à maior operação de combate a corrupção no País, a Lava Jato, que já fechou em dois anos 108 acordos de cooperação com 30 países.

Na prática, todos os pedidos de cooperação internacional passam pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional, que está submetido à SNJ e recebe as documentações do exterior, nos casos de cooperação, antes mesmo do Ministério Público Federal.

Com mestrado em Direito pela USP, Marrone ocupava desde 2008 o cargo de diretor de autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Quando Moraes assumiu a Segurança Pública do Estado seu primeiro ato foi suspender todas as suas atividades advocatícas na OAB e se licenciar do escritório. O pai de Gustavo Marrone, o advogado Laerte José de Castro Sampaio, do escritório do qual Moraes era sócio, assumiu ações que estavam sob os cuidados do hoje ministro a quem fica atrelada a Polícia Federal.

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COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA:

"Gustavo José Marrone de Castro Sampaio foi indicado para secretário nacional de Justiça por sua larga experiência jurídica no setor público e privado. Foi assessor jurídico da Secretaria da Justiça e Diretor presidente do PROCON-SP, no período de 2002 a 2005, quando o Ministro Alexandre de Moraes exercia a Secretaria da Justiça. É mestre e doutor em Direito do Estado pela USP, tendo sido orientado pelo Professor Alexandre de Moraes. Atualmente, ocupava uma Diretoria do Conselho de Autorregulação da FEBRABAN.

Dessa forma, há mais de 14 anos, desde 2002, faz parte da equipe do atual Ministro da Justiça, bem antes de seu pai se aposentar do cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2012, após 43 anos de exercício nos cargos de Promotor de Justiça, Procurador de Justiça, Juiz do Tribunal de Alçada e Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo."

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