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Médico recomenda reforço na alimentação de Odebrecht

Defesa afirma que empresário tem 'deficiência de vitamina D aliada a hipoglicemia'; lista tem damasco, polenguinho, torradas sem glúten

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Fausto Macedo , Ricardo Brandt e enviado especial a Curitiba
Atualização:

Marcelo Odebrecht foi preso em 19 de junho de 2014. Foto: Félix R/Futura Press

Documento anexado aos autos da Operação Lava Jato pela defesa de Marcelo Odebrecht recomenda um reforço de 3 em 3 horas na alimentação do empreiteiro. Em petição, os advogados do executivo afirmam que ele está em situação clínica precária. Marcelo Odebrecht está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba há 14 dias e tenta voltar para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde estava detido.

"Encontra-se em condições clínicas precárias, apresentando significativa perda de massa magra desde a sua transferência (2,3 kg em 10 dias) e quadro anêmico", afirmam os criminalistas Nabor Bulhões e Eduardo Sanz.

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O médico que assina o documento solicita que Marcelo Odebrecht seja autorizado a tomar banho de sol diariamente em função de uma 'deficiência de vitamina D aliada a hipoglicemia'. Para a alimentação, foram elencados seis itens. O reforço deve ser baseado em 'biscoitos integrais e com fibras, torradas sem glúten, frutas secas e desidratadas (exemplo damasco), frutas com grande quantidade de potássio (exemplo banana), sucos de frutas sem adição de açúcar e queijo processado light com baixo teor de gorduras e calorias (exemplo polenguinho)'.

 Foto: Estadão

O empreiteiro foi preso em 19 de junho de 2015 na Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato. Marcelo Odebrecht é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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"A situação do requerente é preocupante, e é agravada pelo regime de prisão ao qual está sendo submetido na carceragem da Polícia Federal: apesar de apresentar hipoglicemia e deficiência de vitamina D, o requerente passa 23h por dia na cela e tem apenas 1h de banho de sol", informou a defesa.

Marcelo Odebrecht foi transferido do Complexo Médico para a Superintendência da PF para que fosse ouvido nos autos da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato, que pegou os ex-marqueteiros João Santana e Monica Moura. Ambos trabalharam nas campanhas da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

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Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, a defesa reiterou o pedido para que o empresário volte a Pinhais.

"Considerando que o requerente foi transferido para a carceragem da Polícia Federal por ordem de Vossa Excelência "diante da necessidade de ouvi-lo sobre os fatos que constituem objeto desta representação", considerando que o requerente já informou que "somente se manifestará sobre o objeto da presente investigação na fase judicial, se for o caso, como lhe garante o inciso LXIII do artigo 5º da Constituição Federal", e considerando a situação precária em que se encontra atualmente, com afetação de sua saúde (integridade física), a defesa reitera o pleito formulado na petição, requerendo seja determinado o imediato retorno de Marcelo Odebrecht ao Complexo Médico Penal em Pinhais/PR (CMP)", solicitaram os criminalistas.

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