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Marinha não aceita conta de internet de R$ 42 mil por um dia e Justiça manda Oi manter serviço

Fatura encaminhada pela empresa de telefonia em fevereiro era referente ao consumo de rede da Capitanial Fluvial de Tabatinga (AM); juíza determinou que operadora entregue extrato detalhado da cobrança com hora, tempo gasto, velocidade, local e duração das conexões

Por Alessandra Azevedo
Atualização:

Capitania de Tabatinga (AM). Foto: Divulgação

A empresa de telefonia móvel Oi foi impedida judicialmente de interromper a prestação de serviço à Capitania Fluvial de Tabatinga (AM), da Marinha. A União se negou a pagar a fatura recebida em fevereiro por não reconhecer a cobrança de R$ 42,5 mil, referente a um único dia de consumo de internet na Capitania. A decisão, de 27 de abril, é da 1ª Vara Federal do Amazonas.

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Sem esclarecimentos da Oi sobre o critério usado para calcular o valor, considerado indevido pela Marinha, a Advocacia-Geral da União (AGU) resolveu recorrer à Justiça para impedir que a empresa suspendesse o serviço de internet móvel quando a fatura vencesse, em 28 de abril.

Além de proibir a interrupção, a decisão judicial, publicada na véspera do vencimento, obrigou a empresa a entregar um extrato detalhado da cobrança, com hora, tempo gasto, velocidade, local e duração das conexões.

"A cobrança de uma fatura superior a R$ 42 mil por um único dia de consumo demonstra elevada probabilidade de erro ou abuso por parte da ré, especialmente quando a Administração Naval expressa inconformidade com os valores, declarando-os claramente improváveis", afirmou a juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, no texto da decisão. Ela ressaltou que a interrupção do serviço poderia ameaçar a segurança nacional e gerar perigo irreversível, 'em especial por se tratar de área localizada em tríplice fronteira (município de Tabatinga), onde é necessário manter vigilância e cautela acentuadas'.

COM A PALAVRA, A OPERADORA OI

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Procurada pela reportagem, a Oi afirmou que não comenta ações em andamento.

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