Por Fausto Macedo e Mateus Coutinho
O historiador Marco Antonio Villa, alvo de queixa-crime movida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a ação não o fará recuar. "Lula quer me intimidar. Vai perder seu tempo. Não darei um passo atrás."
Villa disse que 'continuará combatendo o 'projeto criminoso de poder', sábia definição do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, em um dos votos do processo do mensalão."
Nesta terça-feira, 15, os advogados do ex-presidente entraram com uma queixa-crime contra o historiador, atribuindo a ele 'afirmações caluniosas proferidas na edição de 20 de julho do Jornal da Cultura 2ª edição, onde é parte do elenco fixo de comentaristas'.
A ação, segundo nota divulgada pelo Instituto Lula, é referente 'a apenas um dos recorrentes comentários caluniosos que o professor da Universidade Federal de São Carlos repete contra o ex-presidente no jornal noturno da TV pública do governo do Estado de São Paulo'.
No comentário, segundo a ação, Villa disse que o ex-presidente "mente, mente", que é culpado de "tráfico de influência internacional, sim", além de "réu oculto do mensalão", "chefe do petrolão", "chefe da quadrilha" e teria organizado "todo o esquema de corrupção".
Marco Antonio Villa reagiu enfaticamente à ofensiva de Lula. "Tenho por princípio defender os valores republicanos. Vou continuar nesta luta. Nada vai me calar. Vivemos uma quadra histórica decisiva para o Brasil. A hora não é dos fracos. Não tenho medo. Confio na Justiça do meu país."
O historiador disse que a ação de Lula 'é uma forma clara de ameaça e intimidação'.
Villa disse que já desafiou o ex-presidente para um debate. "Ao invés de procurar a Justiça ele deveria procurar o caminho da democracia, o debate."
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA POR MARCO ANTONIO VILLA
"Lula quer me intimidar. Vai perder seu tempo. Não darei um passo atrás. Continuarei combatendo o "projeto criminoso de poder", sábia definição do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, em um dos votos do processo do mensalão.
Tenho por princípio defender os valores republicanos. Vou continuar nesta luta. Nada vai me calar. Vivemos uma quadra histórica decisiva para o Brasil. A hora não é dos fracos. Não tenho medo. Confio na Justiça do meu país."