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Lula desiste de Renan como sua testemunha de defesa

Depoimento do senador ao juiz Sérgio Moro estava marcado para esta manhã

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Por Mateus Coutinho , Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

Renan Calheiros. Foto: EFE/Joédson Alves

A defesa do ex-presidente Lula desistiu de ouvir as 11h desta quarta-feira o ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa Renan Calheiros como testemunha de defesa do petista na Lava Jato em Curitiba. O pedido de desistência foi protocolado ao juiz Sérgio Moro na tarde desta terça-feira, 14, e, acatado pelo juiz da Lava Jato no mesmo dia. Com isso, por ora, o peemedebista não precisará depor a Moro.

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Na solicitação, a defesa de Lula alega que o parlamentar não acrescentaria nada em relação ao que já foi dito por outras testemunhas do petista. Para os advogados, um eventual depoimento de Renan "versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos". O depoimento do senador já estava marcado, mas com a mudança de decisão, os advogados do ex-presidente avisaram o parlamentar.

A defesa do petista arrolou dezenas de testemunhas do mundo político e que participaram de seu mandato presidencial, como o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, para tentar desconstruir a tese da Lava Jato de que o petista teria chefiado um esquema de corrupção a partir do loteamento político de estatais para seus aliados. A defesa alega que o ex-presidente não tinha conhecimento nem interferência nos desvios da Petrobrás que foram revelados pela Lava Jato

Apesar da desistência, o juiz da Lava Jato ouve nesta manhã outras cinco testemunhas arroladas pela defesa do ex-presidente, incluindo o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, por videoconferência com Brasília, o ex-ministro investigado no mensalão Walfrido Mares Guia e até o ex-diretor da PF Paulo Lacerda.

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Os defensores de Lula chamaram estas testemunhas para depor na ação em que o ex-presidente é acusado pela Lava Jato de receber  R$ 3,7 milhões em em propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobrás entre 2006 e 2012. A Procuradoria da República aponta que este valor teria sido repassado por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e do armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

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