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Loures só retoma foro privilegiado se outro deputado do PMDB do PR se licenciar

Deputado afastado, alvo da operação Patmos, perdeu o benefício porque Osmar Serraglio, demitido do cargo de ministro da Justiça, retornou à Câmara

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Por Igor Gadelha
Atualização:

Rocha Loures carrega mala com R$ 500 mil em dinheiro. Foto: Reprodução

BRASÍLIA - Flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil de propina de um executivo do frigrogífico JBS, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) só poderá retomar o mandato na Câmara e, consequentemente, ter novamente direito ao foro privilegiado se um deputado do PMDB do Paraná em exercício se licenciar do cargo. Isso porque os deputados do partido foram eleitos em 2014 em chapa pura, sem coligação com outras siglas.

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Hoje, a bancada peemedebista paranaense é composta por quatro deputados efetivos: Osmar Serraglio, Sergio Souza, João Arruda e Hermes Parcianello. Ex-ministro da Justiça, Serraglio anunciou hoje que negou o convite do presidente Michel Temer para assumir a Controladoria Geral da União (CGU). Arruda e Souza, por sua vez, disseram ao Broadcast Político não terem interesse no cargo, enquanto Hermes, dizem aliados, também não teria interesse no posto.

Rocha Loures assumiu o mandato de deputado logo após Serraglio se licenciar para assumir para o Ministério da Justiça, no início de março deste ano. No entanto, foi afastado do exercício parlamentar em 18 de maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após a divulgação da delação da JBS revelar a filmagem com ele recebendo a mala com a propina da JBS. Mesmo afastado, Loures mantinha o foro, que perdeu hoje, após Serraglio retomar o mandato.

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