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Lobista diz que propina foi para campanha de Capez

Marcel Julio, em delação premiada na Procuradoria-Geral de Justiça, afirmou ter repassado R$ 490 mil para dois aliados do presidente da Alesp

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Por Julia Affonso
Atualização:

Marcel se entregou em Bebedouro. Foto: Reprodução

O lobista Marcel Julio, personagem central da Operação Alba Branca, afirmou em sua delação premiada à Procuradoria-Geral de Justiça que parte de R$ 490 mil em propinas que afirma ter entregue a dois aliados do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), foi destinada à campanha do tucano em 2014.

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Em seu relato, Marcel Julio - filho de Leonel - disse que levava dinheiro em espécie para Merivaldo dos Santos e Jeter Rodrigues, funcionários da Assembleia paulista.

Segundo Marcel, uma propina de R$ 490 mil supostamente relativa a um contrato da Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) foi entregue aos aliados do deputado.

Marcel Julio teve a prisão decretada em janeiro na Operação Alba Branca por envolvimento com a organização que fraudava licitações de merenda escolar em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Ele se entregou na semana passada à Policia Civil em Bebedouro. Após o Tribunal de Justiça de São Paulo homologar sua delação, na segunda-feira, 4, Marcel Julio foi colocado em liberdade.

Capez afirma que não recebeu propinas do esquema descoberto na Operação Alba Branca. O argumento central do parlamentar, ao rechaçar a denúncia do lobista, é que o contrato da Secretaria da Educação citado é de 2015. Ou seja, na avaliação do deputado, não faz sentido a versão de que teria recebido propina para sua campanha no ano anterior ao do fechamento do contrato da merenda.

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