PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Leia a transcrição dos grampos que pegaram Lula

Lava Jato monitorou conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Julia Affonso , Fausto Macedo e Fabio Fabrini
Atualização:

 Foto: Leo Barrilari/EFE

OUÇA:

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/133-audio3

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-entre-lula-e-dilma-rousseff

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio1

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-2

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-3

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-4

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio5

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio6

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio7

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio8

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio9

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-10

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-11

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-12

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-13

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-14

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-15

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-16

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-17

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio18

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-19

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio20

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio21

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio22

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio23

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio25

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio26

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio27

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio28

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio29

Publicidade

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-30

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio32

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio33

https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio34

COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA:

Publicidade

PUBLICIDADE

"Nota à sociedade

Tomamos conhecimento na data de ontem (16/3/2016) de que o Juiz Federal Sérgio Moro, acolhendo pedido de Procuradores da República da Força Tarefa Lava Jato, autorizou nos autos do Processo n.º 98.2016.4.04.7000/PR, a realização de interceptação do telefone celular do advogado Roberto Teixeira.

O advogado Roberto Teixeira funciona naquele processo e em outros procedimentos a ele relacionados como advogado do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato público e notório e comprovado por meio de procuração juntada aos autos e pelo acompanhamento pessoal de atos processuais. Isso significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Público foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-Presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantia pelo artigo 7.º, inciso II, do Estatuto do Advogado (Lei n.º 8.906/1994).

Cite-se, como exemplo disso, a conversa telefônica mantida entre o advogado Roberto Teixeira e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no momento em que este último foi surpreendido, no dia 4/3/2016, pela arbitrária condução coercitiva determinada pelo próprio Juiz Federal Sérgio Moro. Toda a conversa mantida entre advogado e cliente e a estratégia de defesa transmitida naquela oportunidade estava sendo monitorada e acompanhada por Moro e pela Polícia Federal, responsável pela condução do depoimento.

A justificativa do juiz Moro lançada no processo para grampear o advogado foi a seguinte: "O advogado Roberto Teixeira, pessoa notoriamente próxima a Luis (sic) Inácio Lula da Silva, representou Jonas Suassuna e Fernando Bittar na aquisição do sítio de Atibaia, inclusive minutando as escrituras e recolhendo as assinaturas no escritório de advocacia dele". Essa afirmação é a maior prova de que Roberto Teixeira foi interceptado por exercer atos privativos da advocacia - o assessoramento jurídico de clientes na aquisição de propriedade imobiliária - e não pela suspeita da prática de qualquer crime.

Moro foi além. Afora esse grampo ostensivo no celular de Roberto Teixeira, também foi determinada a interceptação do telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, gravando conversas dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins e de outros membros que igualmente participam da defesa do ex-Presidente Lula e de seus familiares - inclusive no processo sob a presidência do Juiz Moro. O grampo do telefone central do escritório foi feito de forma dissimulada, pois o juiz incluiu o número correspondente no rol de telefones que supostamente seriam da empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda., que tem como acionista o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia do juiz Sérgio Moro e dos membros da Força Tarefa Lava Jato resultou no monitoramento telefônico ilegal de 25 advogados que integram o escritório Teixeira, Martins & Advogados, fato sucedido com a também ilegal divulgação das conversas gravadas nos autos do processo, juntamente com a divulgação de outras interceptações ilegais.

Não é a primeira vez que o Juiz Moro protagoniza um ato de arbitrariedade contra advogados constituídos para assistir partes de processos por ele presididos. Por exemplo, no julgamento do HC 95.518/PR, pelo Supremo Tribunal Federal, há registros de que o juiz Moro monitorou ilegalmente advogados e por isso foi seriamente advertido pelos Ministros daquela Corte em 28.05.2013.

O Juiz Sérgio Moro se utiliza do Direito penal do inimigo, privando a parte do "fair trail", ou seja, do julgamento justo. Não existe a imprescindível equidistância das partes e tampouco o respeito à defesa e ao trabalho dos advogados.

Atenta contra o devido processo legal e a todas as garantias a ele inerentes o fato de Moro haver se tornado juiz de um só caso, conforme resoluções emitidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região e atuar com pretensa jurisdição universal, atropelando até mesmo o sagrado direito de defesa.

Além das medidas correcionais e judiciais cabíveis, o assunto será levado à Ordem dos Advogados do Brasil para que, na condição de representante da sociedade civil, possa também intervir e se posicionar em relação a esse grave atentado ao Estado Democrático de Direito.

Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins"

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.