O vice-procurador-geral da República José Bonifácio Andrada apresentou nesta semana a segunda denúncia contra o governador de Minas Fernando Pimentel (PT) na Operação Acrônimo. Nesta acusação, de 18 páginas, a Procuradoria-Geral da República acusa o petista de ter atuado para facilitar a liberação de financiamentos do BNDES para obras da Odebrecht na Argentina e em Moçambique quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em troca do apoio, a empreiteira teria oferecido propinas da ordem de R$ 15 milhões ao então ministro.
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'VOCÊ NÃO PEDE, CAMARADA''Manga' e 'alface' eram senhas para propina a Pimentel, segundo a nova acusação.
Em nota, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que a denúncia é ainda "mais frágil" que a anterior, por ter como base "exclusivamente" o depoimento de um colaborador, no caso Bené, "não se apoiando em nenhum meio de prova admitido pela Justiça". A assessoria de imprensa da Odebrecht informou que nem a empresa nem a defesa do empresário iriam comentar o caso.