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Leia a carta que levou a Lava Jato a investigar e mandar prender o marqueteiro do PT

Documento apreendido na casa do operador de propinas Zwi Skornicki, no Rio, foi ponto de partida das apurações sobre o recebimento de US$ 7,5 milhões em contas secretas de João Santana, alvo central da Operação Acarajé

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Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:
Cópia da carta apreendida com Zwi Skornicki, enviada por Monica Moura, que levou a Lava Jato a investigar recebimentos de João Santana/ Clique para ampliar 

Uma carta endereçada ao operador de propinas Zwi Skprnicki e seu filho Bruno foi o ponto de partida para a Operação Lava Jato iniciar as investigações de recebimentos suspeitos do marqueteiro João Santana, das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, e levaram a decretação de sua prisão temporária nesta segunda-feira, 22, alvo da a Operação Acarajé.

Três grupos são alvos dessa 23ª fase da Lava Jato: o da Odebrecht (empresarial) responsável pelos pagamentos, o do operador de propinas Zwi Skornicki, intermediário dos pagamentos e o recebedor, João Santana e sua mulher e sócia, Monica Moura.

 

O nome da operação, Acarajé, é uma alusão ao apelido usado pelos alvos para designar dinheiro.

O delegado Filipe Hille Pace afirmou que ao investigarem o remetente da carta, identificaram se tratar de endereço da agência de Santana, em São Paulo.

 

A carta foi enviada por Mônica Moura, que apontou duas contas, uma nos Estados Unidos e outra na Inglaterra. O consultor é representante da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à Petrobrás e seria o operador da propina paga pela empresa no país. A Keppel Fels firmou contratos com a Petrobrás entre 2003 e 2009 no valor de US$ 6 bilhões.

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