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Lava Jato pede a Moro multa ao BB por atraso na entrega de dados bancários de Bendine

força-tarefa do Ministério Público Federal avisa juiz que ainda não recebeu informações sobre ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás preso desde 27 de julho por suspeita de propina de R$ 3 milhões da Odebrecht

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

 Foto: Fábio Motta/Estadão.

A Procuradoria da República no Paraná requereu nesta quinta-feira, 10, ao juiz federal Sérgio Moro que multe o Banco do Brasil para cada dia em que a instituição atrasar a entrega dos dados da quebra de sigilo bancário do ex-presidente da instituição financeira, Aldemir Bendine, de André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Junior, apontados como seus operadores. O juiz federal deu mais cinco dias de prazo 'improrrogáveis' para que o Banco do Brasil envie os dados. A Instituição financeira alega já ter cumprido a decisão judicial.

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POSTURA FIRME

Antonio Carlos e André são investigados pela suposta operacionalização do repasse de R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht a Bendine, em 2015. Todos foram presos em 27 de julho na Operaão Cobra, fase 42 da Lava Jato.

De acordo com as investigações, inicialmente, ainda na presidência do Banco do Brasil, Bendine teria exigido R$ 17 milhões de propinas em troca da facilitação da rolagem de uma dívida da Odebrecht Agroindustrial.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a quebra de sigilo bancário dos três investigados pelo Banco do Brasil está atrasada."O referido ofício ordenou o envio dos dados bancários das filiais representadas no prazo de 5 dias, todavia resposta do Banco do Brasil S.A. continua pendente, em mora há 9 dias".

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Os procuradores juntaram aos autos e-mails nos quais insistem para que gerentes da instituição financeira enviem os dados requeridos.

 Foto: Estadão

"Ressalte-se que a situação semelhante de mora injustificada ocorreu anteriormente nestes autos, razão pela qual o Ministério Público Federal requereu a aplicação de multa por descumprimento de ordem judicial (evento 26, PET1). Mais uma vez, torna-se necessária a medida para garantir o cumprimento tempestivo das determinações deste juízo, encerrando o comportamento displicente da instituição bancária", afirma a Procuradoria da República a Moro.

A força-tarefa ainda solicita 'postura firme do Poder Judiciário em relação ao reiterado atraso no cumprimento de suas decisões'.

COM A PALAVRA, O BANCO DO BRASIL

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que não tem nenhuma pendência com a Lava Jato.

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"Todas as informações solicitadas ao Banco do Brasil já foram respondidas, dentro dos prazos estabelecidos."

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