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Lava Jato denuncia Bendine por corrupção

Ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, preso na Operação Cobra desde 27 de julho, é acusado de receber propinas da Odebrecht

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Por Julia Affonso , Ricardo Brandt , Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Atualização:

Aldemir Bendine. Foto: Fabio Motta/Estadão

O Ministério Público Federal denunciou o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine. Também são acusados os empresários Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, os operadores André Gustavo e Antonio Carlos Vieira da Silva e o doleiro Álvaro Novis. Os crimes atribuídos ao grupos são corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, embaraço à investigação e organização criminosa.

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Esta é a primeira denúncia com base na delação da Odebrecht. A acusação pegou o topo da Petrobrás mesmo depois que a Lava Jato já estava nas ruas. A primeira fase da operação foi deflagrada em março de 2014.

Bendine é acusado de exigir R$ 17 milhões em propinas da Odebrecht. Segundo a investigação, ele acabou recebendo R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão entre junho e julho de 2015 enquanto ocupava a Presidência da Petrobrás. Em troca teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.

Aldemir Bendine foi preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato.

O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016.

A investigação da Cobra apontou que, na véspera de assumir a presidência da Petrobrás, Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. O pedido teria ocorrido para que o grupo empresarial Odebrecht não fosse prejudicado na estatal, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato.

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COM A PALAVRA, O ADVOGADO PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, QUE DEFENDE ALDEMIR BENDINE

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"A defesa reitera que a atuação de Ademir Bendine no Banco do Brasil e na Petrobrás pautou se pela legalidade, e não houve benefício a Odebrecht ou a qualquer outra empresa no período em que presidiu as entidades.

COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO MESTIERI ADVOGADOS, QUE DEFENDE ALVARO NOVIS

"Álvaro José Galliez Novis não era doleiro, muito menos disponibilizava os reais para a Odebrecht, ele apenas atuava na estrutura de entrega dos reais, conforme determinado pelo Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, através do Drousys, que já encaminhava o endereço, valor, dia e local de entrega, e senha, justamente para ocultar o real destinatário da entrega. Em razão disso, Alvaro não sabe de onde o dinheiro vinha e nem para quem era entregue. Álvaro José Galliez Novis celebrou acordo de colaboração premiada com o MPF."

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