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Lava Jato 50 mira contratos da Transpetro

Nova fase cumpre três mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia (Salvador) e de São Paulo (Campinas e Paulinia)

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

 Foto: Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 23, a Operação Sothis II, 50ª fase da Lava Jato.

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As medidas cumpridas relacionam-se com as investigações conduzidas no âmbito da 47ª fase que apura o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e atos de lavagem subsequentes em contratos da Transpetro.

Policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia (Salvador) e de São Paulo (Campinas e Paulinia).

Os mandados judiciais cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

O Ministério Público Federal aponta que um dos focos da investigação é a empresa do ramo de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda, suspeita de efetuar pagamentos de propinas que totalizaram a quantia de R$ 2.325.000,00 em benefício do ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, que se encontra atualmente cumprindo prisão preventiva em Curitiba. Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridas em endereços de pessoas relacionadas ao fato.

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As investigações tiveram início com a colaboração premiada de executivos da NM Engenharia, que relataram o pagamento de propinas ao ex-gerente da Transpetro, derivadas de contratos celebrados com a estatal. A partir daí e após a realização de diversas diligências investigatórias, foi deflagrada a 47ª fase da operação Lava Jato, ocasião em que foram realizadas buscas e apreensões e conduções coercitivas. Na época foi relatada por um dos investigados a existência de outros pagamentos indevidos em favor de José Antônio de Jesus, especialmente provenientes da empresa Meta.

Com base nas informações angariadas na 47ª fase foram realizadas novas medidas de investigação, como quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e de registros telefônicos, as quais revelaram a existência de transações bancárias entre a Meta Manutenção e uma empresa vinculada a José Antônio de Jesus, sendo apuradas diversas transferências, entre os anos de 2009 e 2011, que somaram a quantia de R$ 2.325.000,00.

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