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Justiça quebra sigilo de 14 executivos de grandes empreiteiras

Alvos do rastreamento comandam OAS, UTC, Mendes Jr, Camargo Correa, Galvão Engenharia e Iesa.

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Por Redação
Atualização:

Por Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo

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A Justiça Federal no Paraná decretou a quebra do sigilo bancário de 16 executivos das maiores empreiteiras do País - OAS, UTC Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Corrêa, Galvão Engenharia e Iesa, todas sob suspeita da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato.

Entre os alvos da medida também estão as três empresas de "consultoria" controladas em parceria pelo operador do PMDB Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás. A Justiça Federal já havia decretado o bloqueio de ativos dos empreiteiros.

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O rastreamento bancário atinge o presidente da Construtora Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, o presidente do Conselho de Administração da empresa, João Ricardo Auler, o vice Eduardo Hermelino Leite, além do vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Mendes, o presidente da Iesa Óleo e Gás, Valdir Lima Carreiro, e o presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa - este mantém estreito relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás.

Fazem parte da lista Walmir Pinheiro Santana, José Ricardo Nogueira Breghrolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, Gérson de Mello Almada, Erton Medeiros Fonseca, Ildefonso Colares Filho, Othon Zanoide de Moraes Filho e, ainda, Fernando Baiano e Renato Duque.

O acesso aos dados bancários do grupo foi requerido pelo Ministério Público Federal. Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato querem cruzar as movimentações financeiras para tentar identificar a fonte de recursos.

Os advogados dos investigados sustentam que não houve prática de atos ilícitos. Desde que eles foram presos, na sexta-feira, os defensores reiteraram declarações no sentido de que os empresários não faziam parte do cartel das empreiteiras na estatal. As próprias construtoras anunciaram que estão colaborando com as investigações, por meio da entrega de documentos solicitados pela Procuradoria da República e pela Polícia Federal.

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O criminalista Fábio Semantob Tofic, que defende alguns dos executivos, foi categórico."Não há nada a esconder das autoridades, todos os ganhos são 100% lícitos, com origem conhecida, fruto de trabalho de décadas."

VEJA A LISTA DE EMPRESÁRIOS COM SIGILO BANCÁRIO QUEBRADO

 Foto: Estadão

 

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