Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Justiça proíbe presidente do PSDB/GO de contato com investigados até em redes sociais

Afrêni Gonçalves também não poderá falar com alvos da Decantação, a Lava Jato do Cerrado, por telefone, e-mails e meios telemáticos; executivo deverá ficar ainda afastado da direção da Saneago por 120 dias

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Afrêni Gonçalves. Foto: PSDB-GO

A Justiça Federal de Goiás proibiu o presidente do PSDB Goiás, Afrêni Gonçalves, preso na Operação Decantação - a Lava Jato do Cerrado - de manter contato com outros investigados até por meio de redes sociais. Afrêni Gonçalves também não poderá falar com outros alvos por telefone, e-mails e meios telemáticos.

PUBLICIDADE

O presidente do PSDB Goiás é suspeito de fazer parte do esquema Saneago - empresa de saneamento do Estado que teria bancado partidos com recursos do PAC, do BNDES e da Caixa e pagamento de dívidas de campanha da reeleição do governo Marconi Perillo (PSDB), em 2014. Os desvios, segundo a PF, chegaram a R$ 4,5 milhões.

Na decisão que autorizou a prisão de Afrêni Gonçalves, o juiz Eduardo Pereira da Silva, da 11ª Vara Federal Criminal, afirmou que Polícia Federal e Ministério Público Federal 'conseguiram demonstrar a existência de efetiva prática de ilícitos na Saneago com possível conhecimento e participação de Afrêni'.

O magistrado determinou que após o fim da prisão temporária Afrêni Gonçalves se afaste da direção da Saneago e proibiu o presidente do PSDB Goiás de acessar as dependências da empresa pelo prazo de 120 dias.

'Fica vedado o contato pessoal, por telefone, redes sociais, emails e meios telemáticos de Afrêni Gonçalves Leite' com outros 16 investigados, ordenou o juiz. Na lista está o presidente da Saneago, José Taveira Rocha, que caiu no grampo da PF com o empresário José Cesário Lopes, da Gráfica Moura, conversando sobre uma suposta dívida de R$ 400 mil da campanha de Marconi Perillo em 2014.

Publicidade

A Saneago afastou dirigentes investigados.

COM A PALAVRA, O PSDB

O PSDB defende que todas as denúncias sejam investigadas e aguarda a manifestação da Justiça.

COM A PALAVRA, O GOVERNO MARCONI PERILLO (PSDB)

A reportagem procurou o Governo de Goiás nesta sexta-feira, 26. O espaço está aberto para manifestação.

Publicidade

Na quarta-feira, 24, o Governo se posicionou desta forma:

"O Governo de Goiás apoia as investigações em curso na Polícia Federal e no Ministério Público Federal e está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

Os procedimentos licitatórios realizados pelos órgãos, autarquias e empresas da administração estadual são pautados pela legalidade e pela transparência.

O Governo de Goiás acredita na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago (Saneamento de Goiás S.A.) e tem a plena certeza de que os fatos apresentados serão plenamente esclarecidos".

*Gabinete de Imprensa da Governadoria"

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.