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Juiz da Lava Jato autoriza depoimento de Duque à CPI

Ex-diretor será levado de Curitiba a Brasília na quinta-feira para ser ouvido em Brasília

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Por Redação
Atualização:

Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba

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O juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, autorizou nesta terça-feira, 17, o depoimento do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque à CPI da estatal petrolífera na Câmara. Ele deverá ser transferido a Brasília para ser ouvido na quinta-feira, 19. A Polícia Federal poderá sugerir que o depoimento de Duque seja realizado na própria sede da corporação em Curitiba.

O ex-diretor da estatal foi preso na segunda-feira, 16, em casa, no Rio, e levado à carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), base das investigações. Em ofício endereçado a Moro, o secretário-executivo da CPI da Petrobrás, Manoel Alvim, havia pedido para que fossem determinados a custódia e o translado de Renato Duque para Brasília.

Renato Duque, preso pela Lava Jato 

 

"O local da oitiva deverá ser definido diretamente entre a CPI e a Polícia Federal, devendo ser assegurada, porém, a segurança do preso", afirmou Moro. "De forma desnecessária e redundante, consigno, não obstante, que a Renato Duque devem ser garantidos os direitos inerentes à condição de acusado/investigado, inclusive direito ao silêncio e à assistência pelo defensor constituído."

 

A Comissão foi criada na Câmara dos Deputados para investigar o esquema de corrupção envolvendo a estatal, desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato. No início do mês, a CPI havia decidido ouvir Renato Duque.

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Segundo investigadores da Lava Jato, Renato Duque é o elo do PT com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. O protagonismo de Duque foi reafirmado na última terça-feira (10) pelo o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobrás Pedro Barusco em depoimento à CPI.

 

O ex-diretor Renato Duque foi preso pela segunda vez nesta segunda feira, 16. Na primeira vez, em novembro do ano passado, ele questionou a seu advogado, por telefone: "Que País é esse?". A frase batizou a décima fase da Operação, deflagrada nesta segunda feira, 16.

 

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