A J&F (holding que controla a JBS) afirmou em nota neste sábado, 20, que o empresário Joesley Batista entregou para a Procuradoria-Geral da República a íntegra da gravação da conversa do executivo com o presidente Michel Temer (PMDB) e 'todos os demais documentos que comprovam a veracidade de todo o material delatado'. O Grupo reitera que 'não há chance alguma de ter havido qualquer edição do material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de intervenção'.
A J&F afirmou que seria impossível expor corrupção sem que pessoas que cometeram ilícitos admitissem os fatos e informassem como e com quem agiram, fornecendo indícios e provas. Em nota divulgada após o pronunciamento do presidente Michel Temer, a holding presidida por Joesley Batista afirmou que considera fundamental ressaltar a importância do mecanismo da colaboração premiada, "que está permitindo que o Brasil mude para melhor". O texto é uma respostas às notícias e comentários que questionam o grau de punição aos irmãos Batistas e aqueles que também contestam a veracidade dos áudios divulgados.
A empresa diz ainda que a colaboração de Joesley Batista e mais seis pessoas é "muito diferente de todas que já foram feitas até aqui". Ela afirma, que além da utilização de ação controlada, com autorização judicial, houve vastos depoimentos, subsidiados por documentos, que esclarecem o modus operandi do cerne do sistema político brasileiro.
"Quanto mais sólida e forte uma delação, maiores os graus de exposição e desgaste dos delatores. No caso dos sete executivos, eles assumiram e ainda assumem um enorme risco pessoal, com ameaças à sua vida e à segurança da sua família", afirma a J&F. "A possibilidade de premiação excepcional para uma colaboração igualmente excepcional é de grande importância para o êxito do mecanismo da colaboração premiada".