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Irmão de Dirceu silencia diante de Moro

Preso desde 3 de agosto na Operação Pixuleco, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva - denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa -, abriu mão, 'com todo respeito e atenção', da oportunidade de apresentar seus argumentos ante a acusação da Procuradoria

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Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Julia Affonso , Fausto Macedo e enviado especial a Curitiba
Atualização:

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva no dia em que foi preso, 3 de agosto. Foto: gabriela Bilo/Estadão

O irmão do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) ficou em silêncio durante audiência da Operação Lava Jato. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele foi preso em 3 de agosto durante a deflagração da Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato, e solto dias depois.

Luiz Eduardo não aparece nas imagens da audiência na Justiça Federal. Desde o início dos processos da Lava Jato, os depoimentos são gravados em vídeo e áudio. A defesa do réu pediu ao juiz Sérgio Moro que a câmera não focasse o rosto do irmão de Dirceu.

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Ele tinha na audiência desta quarta-feira, 27, a oportunidade para apresentar seus argumentos diante da acusação da Procuradoria da República. Mas escolheu outro caminho. "Excelência, eu prefiro ficar em silêncio, com todo respeito e atenção", afirmou diante de Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato na 1ª instância.

Luiz Eduardo foi questionado pelo magistrado se não responderia a nenhuma pergunta. "Não, excelência."

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O irmão de Dirceu foi sócio do ex-ministro na JD Assessoria e Consultoria - empresa pela qual o petista teria recebido propinas do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, parte das propinas acertadas pela Engevix Engenharia com a Diretoria de Serviços da Petrobrás era destinada a Dirceu e ao empresário e lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ligado ao PT, 'por serem responsáveis pela indicação e manutenção de Renato Duque' no comando da unidade estratégica.

Segundo o Ministério Público Federal, as propinas foram repartidas entre dirigentes da Petrobrás, o PT, Dirceu, seu irmão e Moura entre 2005 e 2014.

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