Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

"Ia por cortesia", diz Geddel sobre visitas a Funaro

Ministro da Secretaria de Governo confirma ter frequentado escritório do lobista Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

PUBLICIDADE

Por Fabio Fabrini , Fabio Serapião e de Brasília
Atualização:

Geddel Vieira Lima REUTERS/Ueslei Marcelino Foto: Estadão

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), confirma ter frequentado o escritório de Lúcio Funaro, acusado de operar esquema de corrupção na Caixa. Questionado pelo Estado, o ministro não deu detalhes sobre quais assuntos tratou com Funaro. "Ia por cortesia. Não foram tantas vezes".

PUBLICIDADE

Funaro foi preso na Operação Sépsis, por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. O lobista e Eduardo Cunha teriam montado um esquema milionário de propinas por meio de financiamentos do FI/FGTS, entre 2011 e 2015, época em que a vice-presidência da Caixa era ocupava por Fábio Cleto - delator da Lava Jato que revelou à Procuradoria-Geral da República como agiam Funaro e o deputado.

Geddel foi vice da Caixa de março de 2011 a dezembro de 2013. No governo Lula, comandou o Ministério da Integração Nacional de 2007 a 2010.

Ele afirmou que, além de visitar o suposto operador de Eduardo Cunha no escritório em São Paulo, teve com ele outros encontros em Brasília, 'circunstanciais', como num restaurante, num hotel e na posse do deputado como presidente da Câmara. "Eu o conheci em Brasília. Ele estava sempre em Brasília."

Geddel disse não se recordar com exatidão do que tratava no escritório de Funaro, tampouco das datas e do número de vezes em que esteve no local. Afirmou também que o corretor nunca lhe fez pedidos relativos à Caixa. "(Queria) saber de mercado, como é que estava: 'como vai, tudo bem?'. Nem me recordo se era vice-presidente da Caixa (na ocasião das visitas)."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.