O ex-deputado (PMDB/RN) e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo/governo Temer), alvo da Operação Lava Jato, admitiu à Justiça Federal em Brasília que abriu uma conta bancária na Suíça, mas afirmou que não tinha conhecimento da movimentação de US$ 832,9 mil (ou R$ 2,3 milhões). A defesa de Alves alegou que ele usou um escritório de advocacia no Uruguai para abrir a conta bancária em 2008. Disse, ainda, que a conta foi 'movimentada por terceiros, sem seu conhecimento', informou a Globo News nesta quinta-feira, 2.
Acusado pela Procuradoria da República por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro é suspeito de ter recebido propinas da empreiteira Carioca Engenharia nas obras do porto Maravilha, no Rio.
Ele pediu demissão do cargo de ministro em junho de 2016, quando seu nome foi citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como recebedor de uma propina de R$ 1,5 milhão.
Segundo a Globo News, os advogados do ex-ministro comunicaram a Justiça que Henrique Alves abriu a conta na Suíça, mas que os US$ 832,9 mil foram movimentados 'por terceiros, sem seu conhecimento'. Os advogados do ex-ministro alegaram 'uso indevido da conta'.
Os depósitos foram realizados em três datas, segundo a Operação Lava Jato, entre outubro e dezembro de 2011.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE HENRIQUE EDUARDO ALVES: A reportagem tentou contato com o advogado Leonardo Leal, defensor do ex-ministro, mas o escritório informou que ele está em viagem no exterior. O espaço está aberto para manifestação da defesa de Henrique Eduardo Alves.