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Gilmar Mendes acusa PT de 'fraude' ao recuar de ação contra impeachment

Parlamentares da sigla desistiram de mandado de segurança questionando ato do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao saberem que foi distribuído para Mendes

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Foto do author Fausto Macedo
Por Fausto Macedo , Clarice Couto e Mateus Coutinho
Atualização:

Ministro Gilmar Mendes (à esq.), no Supremo. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta sexta-feira, 4, que "percebeu que o PT está querendo fazer um test-drive de juízo no Tribunal, quer dizer, o juiz a quem cair a demanda é confiável ou não segundo os critérios por eles estabelecidos".

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A manifestação do magistrado ocorre um dia após deputados do PT entrarem com um mandado de segurança no STF contra a decisão do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ)  de acatar o pedido de impeachment de Dilma e desistirem da ação ao saberem que ela foi distribuída para Mendes.

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Indagado sobre recuo do partido ao saber que a distribuição da ação caiu em suas mãos e se isso caracteriza uma fraude, o ministro disse: "Eu mandei que isso fosse encaminhado para Ordem dos Advogados (do Brasil, OAB) para que se examine. O próprio impetrante, um dos impetrantes, é um ex-presidente da OAB. É preciso que isso seja examinado. Mas é evidente que é uma fraude processual."

Para Mendes, "é evidente que estão tentando fazer esse tipo de seleção, o que mostra o baixo padrão ético". Indagado se o partido do governo teme que ele decida questões relativas ao impeachment, o minsitro disse: "Eu não consigo entrar na cabeça e no espírito dessas pessoas. Mas é notório que estão tentando manipular a distribuição do Tribunal e isso não é devido."

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Gilmar Mendes afirmou ainda que a discussão sobre a suspensão do recesso no âmbito do poder Legislativo é questão de competência do Congresso. "Eles tes que fazer essa deliberação.

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