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Fux diz que assassinato de Marielle é 'tentativa chocante de calar a voz política'

Presidente do Superior Tribunal Eleitoral aponta para o que classificou de 'baixíssimo déficit civilizatório nesse campo'

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Por Amanda Pupo/BRASÍLIA
Atualização:

Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão  

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, iniciou a sessão plenária desta quinta-feira, 15, com uma manifestação de pesar pela morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na noite desta quarta. Em nome dos integrantes da Corte, Fux falou em 'tentativa chocante de calar a voz política'. A polícia trabalha com a suspeita de execução da vereadora.

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"Nós também ficamos de certa forma chocados com essa notícia de que no mundo de hoje se tenta calar a voz política através de uma atitude que demonstra um baixíssimo déficit civilizatório nesse campo", disse o ministro, que começou seu pronunciamento afirmando que o TSE, como tribunal que vela pela 'higidez do processo democrático', estava 'extremamente consternado' pela morte de Marielle.

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A vereadora ficou conhecida como militante do movimento negro e de direitos humanos, com denúncias recentes sobre a violência policial contra moradores de favelas no Rio. Marielle, de 38 anos, e o motorista foram assassinados a tiros dentro de um carro na região central carioca. Ela voltava para casa depois de participar de um evento. Uma assessora que também estava no carro ficou ferida e já prestou depoimento à polícia.

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Fux também expressou pesar aos familiares e amigos, e afirmou que, apesar da sociedade sofrer muito nesses momentos, a sociedade também "não se cala e não há de se calar".

"Gostaríamos de enviar a todas as pessoas que lutaram e continuam lutando por um país melhor, sem desigualdades, mais justo, nosso recolhimento e o nosso abraço sentido e sofrido", finalizou o ministro.

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