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Funaro fica até sexta na carceragem da PF

Prazo de permanência de aliado de Eduardo Cunha na cela da Polícia Federal terminava nesta quarta, 19, mas juiz Vallisney de Souza autorizou prorrogação; capturado na Operação Sépsis, em julho de 2016, investigado estava na Papuda e foi transferido para a PF para preparar sua proposta de delação que negocia com a Procuradoria-Geral da República

Por Fabio Serapião
Atualização:

Lúcio Funaro. FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, atendeu um pedido do Ministério Público Federal e prorrogou até a sexta-feira, 28,a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro na carceragem da Polícia Federal. Preso na operação Sépsis, em julho de 2016, Funaro foi transferido para a PF, antes estava detido no Complexo da Papuda, para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-geral da República.

Ao requerer a prorrogação, o MPF apontou "a necessidade de se colher novos esclarecimentos a respeito de fatos decorrentes das operações conduzidas por este Ministério Público (Operações Sépsis e Cui Bano)."

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O Estado apurou que entre os principais alvos da delação de Funaro estão os integrantes do grupo político do PMDB da Câmara dos Deputados.  São citados o presidente Michel Temer, os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral). Além dos políticos, empresários como Joesley Batista e João Queiroz, da Hypermarcas, terão seus nomes abarcados nos anexos.

Desde a revelação do acordo de colaboração dos executivos da JBS, na qual Funaro foi apontado pelo empresário Joesley Batista como operador financeiro do PMDB da Câmara, grupo político de Temer, o corretor voltou a negociar uma delação. Antes, havia interrompido as conversas com os investigadores por causa dos pagamentos que recebia do grupo J&F.

Nas últimas semanas, enquanto participava das audiências do processo da Operação Sépsis, na Justiça Federal de Brasília, Funaro vinha escrevendo em um computador e um caderno espiral os resumos do que entregará no acordo de colaboração.

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