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Fiscal 'enxugou' dívida do homem da JBS de R$ 1 mi para R$ 200 mil

Relatório da Polícia Federal aponta favores de Daniel Gonçalves Filho, suposto 'líder da organização criminosa', para veterinário Flávio Cassou em operação no Banco do Brasil

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Por Julia Affonso , Ricardo Brandt e Luiz Vassallo
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Gonçalves Filho e Cassou foram alvos de mandado de prisão preventiva da Carne Fraca.

De acordo com os investigadores, Daniel Gonçalves Filho era 'o líder da organização criminosa que contamina a Superintendência Federal de Agricultura do Paraná, comandando e reverenciando a atuação corrupta dos também ficais e/ou subordinados'.

"Sua influência, conquistada nesses anos à frente da Superintendência Federal da Agricultura no Paraná é notória. Daniel Gonçalves Filho mantém contato com parlamentares e seus assessores e também com diversos empresários. Situação específica demonstra este poder quando conseguiu a diminuição de uma dívida de Flávio Evers Cassou de R$ 1 milhão para R$ 200 mil, por sua influência junto ao gerente do Banco do Brasil", destaca o delegado Mauricio Moscardi Grillo, que subscreve relatório da PF.

Carne Fraca mira corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No rol de empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona da Seara e da Big Frango, a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão, e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.

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Antes de ser preso, Flávio Cassou foi seguido, filmado, fotografado e grampeado pela PF. A relação muito próxima do funcionário da JBS com a chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, no Paraná, Maria do Rocio Nascimento, é destaque da investigação. A PF chegou a filmar Cassou entrando na casa de Maria Rocio 'com uma maleta, depois saindo e voltando com um isopor'.

"Já há vários indícios de que Flávio Evers Cassou, atualmente funcionário da empresa Seara Alimentos LTDA., situada no município de Lapa/PR, seja membro da organização criminosa liderada por Daniel Gonçalves e Maria do Rocio", destaca a PF.

"Os indícios apontam que Flávio entrega dinheiro e mercadorias à Maria do Rocio visando a proteger a empresa que trabalha, havendo prova concreta de que Flavio depositou valores nas contas de Maria do Rocio, de suas irmãs e empresa."

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ALESSANDRO SILVERIO, QUE DEFENDE FLÁVIO CASSOU

A defesa tratará das imputações nos autos do processo.

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