Registras de voo divulgados pelo site O Antagonista nesta quarta-feira, 7, confirmam que Michel Temer viajou com Marcela em um jatinho da JBS em janeiro de 2011. Na época, o peemedebista era vice-presidente. O documento reforça ligações de Temer com o empresário Joesley Batista, da JBS, delator que mergulhou o Governo Temer em sua pior crise.
O casal Temer saiu de São Paulo com destino a Comandatuba, na Bahia no dia 12 de janeiro de 2011. A volta, segundo o registro, ocorreu dois dias depois.
Na terça-feira, 6, o Palácio do Planalto informou que Temer viajara em um avião da FAB. Nesta quarta, 7, porém a Secretaria de Comunicação do Governo admitiu que o presidente viajou em um jatinho particular, mas 'não sabia' a quem pertencia o avião.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO DE TEMER
O criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que representa o presidente Michel Temer, disse que 'não vê nenhum problema' no fato de o peemedebista ter viajado em um jatinho particular. Mariz adverte, porém, que a viagem não pode ser incluída no âmbito da Operação Patmos, que põe o presidente sob suspeita de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.
"Esse fato não deveria ser analisado à luz do inquérito instaurado pois ocorreu, se é que ocorreu, em período anterior à Presidência da República, razão pela qual, de acordo com o artigo 86, parágrafo quarto da Constituição, não pode ser alvo de investigação."
Mariz é enfático. "No entanto, independente desse aspecto legal, não vejo nenhuma anormalidade no fato de o cidadão Michel Temer ter se deslocado em um avião que lhe foi emprestado."
Na avaliação do advogado 'trata-se de fato corriqueiro que pode dizer respeito a qualquer um de nós'.