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Executivo da Odebrecht, preso na Lava Jato, pede a Moro para votar no 2.º turno no Rio

Rogério Araújo, condenado a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cumpre prisão domiciliar sob monitoramento de tornozeleira eletrônica

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Fausto Macedo e Mateus Coutinho
Atualização:

 Foto: Estadão

O executivo Rogério Santos de Araújo, ligado à empreiteira Odebrecht e condenado a 19 anos e quatro meses na Lava Jato, pediu autorização ao juiz federal Sérgio Moro para deixar a prisão domiciliar domingo para votar no 2.º turno da eleição municipal do Rio.

Disputam o voto do condenado pela cadeira de prefeito fluminense o senador Marcelo Crivela (PRB) e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Crivella tem 46%, contra 29% de Marcelo Freixo (PSOL), mesmos índices do levantamento realizado na semana passada. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

Rogério Araújo. Foto: Reprodução

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Rogério Araújo está custodiado sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. O executivo foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato.

O pedido foi enviado a Moro nesta quinta-feira, 27. O magistrado ainda não decidiu.

"O peticionário encontra-se em cumprimento de prisão domiciliar, bem como sob monitoramento por tornozeleira eletrônica em tempo integral. Entretanto, permanece em pleno gozo do seu direito a voto, uma vez que sua prisão tem caráter preventivo, e, portanto, não suspende seus direitos políticos, nos termos do artigo 15, inciso III da Constituição Federal", afirma a defesa, a cargo dos advogados Camila Vargas do Amaral e Felício Nogueira Costa.

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O documento registra que Araújo votou no 1.º turno das eleições, em 2 de outubro, 'sem nenhuma intercorrência'.

Rogério Araújo foi preso com seus colegas de Odebrecht, Marcio Faria e Marcelo Bahia Odebrecht, em 19 de junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14.ª fase da Lava Jato.

Após mais de dez meses preso em Curitiba, base da operação, o Supremo Tribunal Federal (STF) substituiu em abril deste ano o regime preventivo pela prisão domiciliar, com sete medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

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