Moro indagou do acusado sobre pagamentos que constam para a empresa Piemonte, do lobista Júlio Camargo. Um desses depósitos, no valor de US$ 1,5 milhão, foi executado no dia 8 de maio de 2007.
"Isso, acabei de falar exatamente isso para o senhor", respondeu Luz. "No dia 8 de maio de 2007, a Piemonte, de Júlio Camargo, pagou em uma conta no Credit Suisse um milhão e meio."
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"Esse dinheiro era para o sr?", questionou Moro.
"Esse aqui foi o que repassei para o Tordin, 161, depois paguei pro PMDB 86 mil, depois paguei mais 185 pra Headliner, depois paguei 49 mil outra vez pro PMDB, Renan, Jader, Silas e Anibal. Eu tenho tudo isso discriminado."
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Moro insistiu. "Nesses mesmos pagamentos para Júlio Camargo pagamentos diretos pra empresa Headliner, é a mesma Headliner que o sr está falando?"
"Que é do PMDB, é em Lugano (Suíça)", disse o lobista.
"O sr sabe de quem é essa conta?", perguntou o juiz.
"Essa conta era do PMDB, pra mim do Anibal, Renan, Jader."
"Sabe se era controlada por algum operador?"
Não sei, pra mim quem operava era o Anibal ou Luiz Carlos Sá."
O Ministério Público Federal perguntou a Jorge Luz se houve pagamento de propina a políticos na negociação dos navios-sonda Vitoria 10000 e Petrobras 10000.
"Teve, teve", disse.
"Petrobras 10000, como eu disse ao senhor, teve, mas não foi por meu intermédio, foi uma operação montada direta. Quem repassava, o Anibal passava as contas para o Fernando. Em determinado momento, ele não passava, porque se desentenderam, por questões de atraso e depois ele passava para o sr Julio Camargo, que eu soube depois, que eu não sabia, da empresa Piemonte, que pagava aos políticos."
Jorge Luz afirmou que repassou valores 'somente através da Headliner, nada em espécie.'
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