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Empresário disse que poder era efêmero e era importante realizar sonhos, diz Silvinho sobre Land Rover

Ex-secretário-geral do PT diz que, em 2005, comentou com César Oliveira, dono da GDK Enganheria, que era um sonho ter um jipe de guerra

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Por Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

Land Rover de Silvinho. Foto: Vivi Zanatta/AE

Em depoimento à Polícia Federal, na segunda-feira, 4, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira - preso na Operação Carbono 14, desdobramento 27 da Lava Jato - relembrou um capítulo emblemático da política brasileira. Em 2005, o empresário César Oliveira, dono da GDK Engenharia, presenteou Silvio José Pereira, o "Silvinho do PT", com um carro Land Rover, avaliado em R$ 74 mil na época.

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Silvinho exercia, então, o posto de secretário-geral do PT, agremiação que atravessava sua pior crise com o estouro do escândalo do Mensalão. Ele teria recebido o carrão em troca de facilitação para o empresário na Petrobrás.

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À Carbono 14, Silvinho Pereira relatou o caso. "Recebeu em 2004 quando era secretário-geral do PT um veículo da marca Land Rover da empresa GDK; que um dia estava com César, presidente da GDK, e disse que o poder era efêmero e que o importante era realizar os sonhos, comentou que era um sonho ter um jipe de guerra", relatou o ex-secretário-geral do PT.

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Silvio Pereira detalhou. "Foi encontrar com Guimarães que era presidente do Banco Popular; que então Cesar chegou com o carro; que falou com Vivian Perpétuo, secretária do secretário-geral; que disse para ela procurar César e saber qual o valor do carro para que queria entregar um Ecosport na troca pagar pelo jipe; que declarou o carro no imposto de renda."

o juiz federal Sérgio Moro decide nesta terça-feira,  5, se prorroga as prisões ou solta Silvio Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP). A Procuradoria da República pediu em manifestação ao juiz federal Sérgio Moro a prisão preventiva do empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), e do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira.

Os investigadores apuram por que Ronan Maria Pinto teria sido destinatário final de R$ 6 milhões de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2004.

A força-tarefa da operação requereu ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal do filho de Ronan Maria Pinto, Danilo Regis Fernando Pinto entre 2010 e 2016, 'a fim de analisar quais offshores estão declaradas'.

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