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Em tom de bricadeira, Teori diz que 'não teve sorte' em ser relator da Lava Jato

Responsável por conduzir a maior investigação de combate à corrupção envolvendo políticos no País, ministro arranca risos de colegas no plenário

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Por Isadora Peron e Gustavo Aguiar
Atualização:

Teori Zavascki. FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADAO Foto: Estadão

O ministro Teori Zavascki arrancou risadas no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 22, após fazer um desabafo sobre a responsabilidade de ser o relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.

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Após ouvir do ministro Luís Roberto Barroso que o Brasil "teve uma sorte imensa" de ter uma pessoa como ele conduzindo um caso "verdadeiramente complexo e tormentoso", Teori interrompeu a fala do colega e afirmou:

- Quem não teve sorte fui eu.

Tentando controlar o riso, Barroso contemporizou e disse que essas "são missões que a vida nos dá". "A minha vida era mais fácil também antes daqui, creia em mim", disse.

O episódio foi um raro momento de descontração no plenário durante o julgamento da segunda denúncia contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Por unanimidade, os ministros decidiram transformá-lo em réu sob a acusação de alimentar contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás.

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No momento, mais de 40 inquéritos da Lava Jato tramitam na Corte. Desde que o caso chegou ao Supremo, em 2014, Teori já teve que deliberar sobre casos espinhosos, como a decisão de mandar prender o então senador Delcídio Amaral (sem partido - MS) e de afastar Cunha da presidência da Câmara.

 

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