PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Efeito Dilma leva até Delcídio ao Supremo

Ex-senador, alvo da Lava Jato e cassado em maio, pede anulação de seu impeachment; ele quer ter o mesmo benefício do 'fatiamento' da votação histórica que permitiu à ex-presidente se manter na vida pública

Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Ricardo Brandt , Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

Delcídio Amaral. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-sem partido-MS) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir a devolução de seus direitos políticos. Delcídio entrou com um mandado de segurança na corte máxima nesta sexta-feira, 2, apenas 48 horas depois que o Senado fatiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, cassando seu mandato, mas permitindo à petista que se mantenha na vida pública.

PUBLICIDADE

O mandado de segurança é subscrito pelo advogado Figueiredo Basto, que defende o ex-senador na Lava Jato.

O documento pede. "Seja concedida em definitivo a segurança, a fim de que sejam declarada a nulidade dos atos praticados desde o dia 09 de maio de 2016, retomando-se o feito na fase da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, conforme o que havia sido deliberado na reunião, no sentido de se expedir ofício ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República para que fossem trasladados os documentos, inclusive o aditamento da denúncia."

O mandado de segurança solicita 'alternativamente, caso seja mantida a cassação do mandato parlamentar de Delcídio do Amaral, sejam mantidos hígidos os seus direitos políticos'.

Publicidade

Delcídio foi cassado em maio deste ano pelo plenário do Senado, por envolvimento na Operação Lava Jato. Foram 74 votos a 0 e uma abstenção.

O ex-senador foi o responsável por uma delação premiada fulminante na Operação Lava Jato. Delcídio acusou a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o presidente do PSDB Aécio Neves e a cúpula do PMDB no Senado, incluindo o presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL).

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.