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'É uma safadeza', reage Malafaia a indiciamento da PF

Pastor recebeu um cheque de R$ 100 mil em doação para a igreja, sendo que o valor, de acordo com a PF, é oriundo de um esquema de corrupção envolvendo cobranças judiciais de royalties da exploração mineral

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Por Roberta Pennafort/RIO
Atualização:

Pastor Silas Malafaia. Foto: JF Diorio/Estadão

O pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Associação Vitória em Cristo, chamou de "canalhice" e "patifaria" seu indiciamento pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Ele recebeu um cheque de R$ 100 mil em doação para a igreja, sendo que o valor, de acordo com a PF, é oriundo de um esquema de corrupção envolvendo cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.

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Malafaia sustenta que não sabia que o dinheiro era de origem ilícita. Já a PF investiga se ele teria liberado contas correntes de uma igreja para que o montante fosse "lavado". "O indiciamento foi dia 16 de dezembro e a notícia está sendo requentada por bandidos", disse Malafaia à reportagem, por telefone, aos gritos, nesta sexta-feira, 24. Ele se referiu à data em que foi alvo de mandado de condução coercitiva para prestar depoimento à PF.

"Já mostrei extrato bancário, já mostrei que não tenho nada a ver com essa patifaria, essa canalhice. Recebi o cheque, depositei na minha conta, mandei R$ 70 mil para a igreja. Roubaram mais de R$ 70 milhões e eu virei a estrela? É preconceito contra pastor evangélico, é horroroso. Se é um padre vocês não perguntam nada. É uma palhaçada, safadeza", declarou.

Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva - quando o investigado é levado a depor e liberado.

A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM - tem como destino os municípios).

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