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É temerário diretor da PF emitir opinião pessoal sobre investigação, afirmam peritos federais

Associação que representa 1.400 peritos criminais federais critica declaração de Fernando Segovia sobre arquivamento do inquérito em que o presidente Michel Temer é investigado por supostas irregularidades na edição do decreto dos Portos

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Por Fabio Serapião e Julia Affonso
Atualização:

Da esquerda para a direita: Fernando Segovia, Torquato Jardim e Michel Temer. FOTO DIDA SAMPAIO/ESTADAO Foto: Estadão

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) divulgou uma nota oficial neste sábado, 10, em que critica a declaração do diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia sobre o inquérito dos Portos. Em entrevista a agência Reuters, Segovia afirmou que a tendência é o arquivamento da investigação contra o presidente Michel Temer. De acordo com o chefão da PF, até o momento, não foram angariadas provas sobre o pagamento de propina por parte da empresa Rodrimar para Temer.

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"É sempre temerário que a direção-geral emita opiniões pessoais sobre investigações nas quais não está diretamente envolvida", diz a nota assinada pelo presidente da associação Marcos Camargo.

A APCF representa 1.400 peritos criminais responsáveis pela produção de laudos técnicos utilizados como provas nas investigações e processos em que a PF atua.

Para os peritos, a PF trabalha com independência e, portanto, " as eventuais declarações à imprensa não afetarão a rotina dos colegas dedicados à apuração citada pelo diretor".

"Entre os elementos que garantem a isonomia da PF estão os laudos produzidos pela perícia criminal federal, que é uma carreira submetida, por força de lei, à necessidade de agir com equidistância das partes. Os laudos garantem a sustentação científica da investigação e do processo criminal", concluiu a nota da APCF.

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