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Doleiro da Lava Jato fala pela primeira vez à Justiça e nega relação com narcotráfico

Alberto Youssef, preso desde 17 de março, é acusado de repassar US$ 36 mil para compra de cocaíina

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Por Redação
Atualização:

por Mateus Coutinho e Fausto Macedo

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O doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, negou nesta terça feira, 16, que tenha participado de um esquema do tráfico internacional de drogas. Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, Youssef afirmou que "não conhecia e não sabe quem é" o acusado Renê Luís Pereira que, segundo a Polícia Federal, seria o elo do doleiro com o narcotráfico na Bolívia.

"Eu não participei dessa operação, não conheço o sr. Renê, não sei das atividades dele", declarou Youssef.

Foi a primeira vez que o doleiro, preso desde 17 de março, decidiu falar à Justiça. Ele é réu, por enquanto, em 5 ações penais, uma delas envolvendo também o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.

VEJA O PRIMEIRO DEPOIMENTO QUE YOUSSEF DÁ À JUSTIÇA FEDERAL:

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Parte 1

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Parte 2

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Uma outra ação é relativa à sua suposta participação com a importação de cocaína avaliada em US$ 36 mil.

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Nas outras vezes em que teve de comparecer à Justiça o doleiro escolheu o silêncio como estratégia de defesa. Nesta terça feira, 16, porém, ele mudou o tom. "Vai falar ou ficar em silêncio?", indagou o juiz federal Sérgio Moro. "Vou falar, tenho dois pontos a esclarecer", respondeu o doleiro.

Ele afirmou que "não respondeu" mensagem de outro doleiro, Carlos Habib Chater, que lhe pediu para que deixasse no escritório do Itaim, em São Paulo, um envelope com "36 mil páginas" - na verdade, uma referência ao valor de 36 mil dólares.

O dinheiro, segundo a PF, seria destinado à compra de cocaína boliviana. "Eu sequer respondi a mensagem", retrucou Alberto Youssef.

Ele disse que "não entregou" o envelope. "Esses 36 mil (dólares) eu não fiz, eu não participei dessa operação", afirmou.

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